quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Boyhood

 




O filme americano, Boyhood (2014), é considerado um dos filmes mais longos da história do cinema. O longa levou 12 anos para ser produzido. A ideia do diretor era fazer com que a gente realmente imergisse na história do amadurecimento de Manson (personagem principal) uma criança de 6 anos no início das gravações. 

As mudanças comportamentais de Manson, são visivelmente relevante ao longo da jornada, mostrando o quanto é importante cada etapa da vida. Vemos no início do filme um garoto inocente e alheio a realidade e logo vamos acompanhando todo o processo de construção física e mental do personagem. 

Um fato bem curioso do filme, são os “marcadores de tempo”, que são sutis e vem representados pelo time tecnológico, música e aparelhos eletrônicos, o que pra mim, é muito simbólico, afinal na vida também temos alguns marcadores que nos fazem perceber a transição do tempo, marcadores físicos, como a puberdade, mas emocionalmente não conseguimos perceber com tanta facilidade as etapas.

Então, logo começamos a perceber a transição da infância para adolescência, que ressalta o dilema da formação para a vida adulta. Conflitos internos e externos são abordados. Levantando questionamentos sobre a influência do ambiente em cada fase de mudança individual. 

No filme, Manson é criado por uma mãe solo e um pai ausente e imaturo e isso afeta seu comportamento, percepção do mundo e relacionamentos. 

Interessante é acompanhar também o processo de evolução dos pais. Que mesmo adultos passam por essas mudanças constantes que atravessam significativamente tudo ao redor. Inclusive e principalmente a criação de Manson. 

Nessa experiência cinematografia, Boyhood, nos faz perceber o quanto ela nos aproxima da realidade, visto que mesmo com todas as particularidades individuais e interferências externas, nos conectamos com a história de Manson, não somente por ver o ator crescendo literalmente na tela, mas por que nos identificamos com as fases que ele vive. 

É uma história simples, sem plot twist. Na verdade é uma coletânea de pequenos momentos aparentemente sem proposito, que nos acolhe por que dá a sensação de que já vivemos aquela história. Por que olhando pra nossa infância conseguimos enxergar o que nos trouxe até aqui. 

Nos faz avaliar o quanto é necessário que cada criança vivencie suas fases por completo, para que todo o desempenho emocional e intelectual se desenvolvam no momento em que se está apto para isso, assim caracterizando cada momento para melhor entende lo. 


Nota 9/10 


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